quarta-feira, 13 de maio de 2009

Semana de 2 a 8 de maio de 2009

Esta semana o que pesou nas pautas ambientais foram as declarações do presidente dos Estados Unidos.
A matéria que mais repercutiu foi o anuncio de novas regras para as metas de combustíveis renováveis nos Estados Unidos, que representam uma grande vitória para o etanol de cana brasileiro.
Essas regras classificaram o etanol de cana, oficialmente, como mais eficiente na redução da emissão de poluentes que o de milho, produzido nos EUA. Essa classificação abre o caminho para usinas brasileiras concorrerem às cotas de "biocombustíveis avançados" , que serão de 2,2 bilhões de litros neste ano e chegarão a 80 bilhões de litros em 2020.

Uma outra noticia repercutiu bastante e veio do anuncio feito por Bill McKibben que é escritor e ambientalista norte-americano que está liderando uma campanha intitulada"O número 350 é o mais importante do planeta . O número foi escolhido para dar uma referencia às pessoas em geral sobre o significado de "segurança climática". Trata-se do limite de concentração de carbono na atmosfera que o mundo deve adotar para evitar uma catástrofe ambiental, medido em partes por milhão. O nível atual de concentração já é maior do que isso: 381 ppm. No período pré-industrial era de 278 ppm. O ambientalista viajará o mundo divulgando este número e traduzindo em miúdos algo complexo para que as pessoas possam se engajar na defesa de um clima mais saudável.

Agora, a notícia mais importante da semana foi a que menos repercutiu. Veio do Instituto Sócio Ambiental, ONG respeitadíssima, que alertou para os trabalhos em curso no Senado Federal para rever o Código Florestal brasileiro. O tempo fechou na audiência publica conjunta que reuniu 11 comissões com representantes


do governo federal e de organizações da sociedade civil subsídios para a revisão do Código Florestal.

A audiência pública foi requerida pela senadora Kátia Abreu (DEM/TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA que quer instituir um novo Código Ambiental brasileiro, com ênfase na resolução do passivo ambiental das propriedades rurais.
A audiência deixou claro que há muita contradição por trás do discurso a favor do desmatamento e que as soluções específicas prescindem de maior confiança na aplicação dos instrumentos legais.