quarta-feira, 22 de junho de 2011













Os fatos são incontestáveis. Do final do ano até hoje, as noticias sobre meio ambiente na imprensa brasileira se alternam entre Belo Monte, desmatamento na Amazonia, Código Florestal e alguns pitacos de assuntos relacionados ao uso da energia nuclear. Belo Monte voltou esta semana com tudo. O
 Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) entregou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) a petição final com as denúncias de violações de direitos humanos por parte do Brasil na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. No documento, segundo a assessoria do movimento, são "esmiuçadas supostas ilegalidades do processo de licenciamento da usina. Dentre eles, a assessoria cita o "desrespeito ao direito de consulta e ao acesso à informação". Os autores da petição listam, em detalhes, os supostos problemas de Belo Monte, que possivelmente "afetarão as populações da Bacia do Xingu" incluindo impactos para a saúde, meio ambiente, cultura e o possível deslocamento de comunidades indígenas.   A passagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pelo Brasil na ultima semana foi regada a muitas reuniões com movimentos sociais envolvidos na construção de uma agenda positiva para a Rio +20 .Interessante notar que a ministra do Meio Ambiente falou das iniciativas ambientais positivas. O problema é que falta ao Brasil uma agenda comprometida de fato com questões ambientais graves e que definirão nosso futuro nos próximos 25 a 50 anos. Falta o planejamento integrado e sério que precisa começar a ser implantado antes que os recursos naturais de que dispomos hoje sejam destruídos pelo imobilismo e pela falta de coragem para enfrentar os desafios enormes que uma empreitada destas precisa. Por exemplo, se algum jornalista se interessar em vasculhar melhor o nível de entendimento e articulação da sociedade brasileira em seus vários segmentos sobre o que pode vir a ser e o que se espera da Rio +2o certamente verá que há uma dissintonia total entre grupos e compreensão do evento.  O primeiro a fazer isso foi o Andre Trigueiro da Globo News mas há necessidade que mais e mais veículos se interessem pelo assunto para que não  fiquemos esperando o tempo certo chegar.  Muito boa a matéria do Brasil Econômico sobre o levantamento da ONG Observatório Social  que monitorou a trajetória do carvão produzido na Amazônia em 2004 comprovando que o carvão vem de carvoarias que exploram o trabalho infantil e escravo, vendem para exploradoras certificadas que, por sua vez, passam para seus clientes. Com isso, podemos dizer que  nosso ferro-gusa é produzido com trabalho escravo e devastação ambiental.                                                                                                                          










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