quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Semana de 5 a 15 de dezembro de 2010

Já dá para fazer um pequena retrospectiva do que aconteceu na cobertura sobre meio ambiente nos jornais e sites brasileiros. Olhando para trás conseguimos vislumbrar  5 assuntos que tomaram conta das matérias sobre o assunto: Marina Silva, candidata à Presidência da República, lixo puxado pela nova política de resíduos aprovada no Brasil, desabamentos por conta das chuvas alertando para a falta de planejamento urbano, o Código Florestal que volta e meia aparece na imprensa e o inicio de informações sobre a Rio +20. A CoP16 começou com baixas expectativas e, talvez por isso, tenha surpreendido a todos. Falta a imprensa ir mais fundo na compreensão dos avanços e e do imenso trabalho de articulação que é necessário fazer daqui para frente.
Uma coisa é certa: nada mudou em relação a o que faz a imprensa tradicional cobrir questões ambientais no Brasil - se a pauta não vier do governo ou de cenas chocantes e escândalos as matérias vão para lugares menos nobres dos jornais e das revistas. Já os sites estão ocupando espaços através de sua dinâmica forte mas ainda carecem de consistência na informação.  Vale a pena citar alguns dados de uma pesquisa apresentada ontem pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente que detectou que praticamente metade da população não se conectou ainda em questões como ecologia, meio ambiente e sustentabilidade e 56% dos consumidores nunca ouviram falar de sustentabilidade. O grupo mais conectado a estes temas tem acesso à Internet e um nível de instrução superior. O que não dá para entender é que os jornais são vendidos para este tipo de publico e mesmo assim continuam a jogar questões ambientais e de sustentabilidade para o canto inferior esquerdo. Outro fato interessante detectado pela pesquisa: a TV ainda é o veiculo de maior credibilidade em relação às questões ambientais. Os jornais aparecem em 2o. lugar no quesito credibilidade.