quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Semana de 23 a 27 de agosto de 2011

Nas ultimas semanas as questões ambientais tiveram seu espaço reduzido na mídia impressa brasileira devido aos problemas que o atual governo brasileiro vem enfrentando do ponto de vista politico, cobertura sobre a situação na Líbia e reportagens investigativas sobre a tão falada corrupção em nosso país.
Na web, ao contrário as matérias sobre Belo Monte que, diga-se de passagem,é um escândalo internacional se multiplicaram mostrando quão polemica é esta obra e como é difícil, praticamente impossível, reverter o atual estágio das obras. De um lado, temos o governo defendendo ferrenhamente a obra, de outro, ambientalistas, comunidades indígenas, cientistas, comunidades de direitos humanos, enfim a sociedade brasileira. A imprensa se isentou de entrar fundo e continuar a falar do assunto. A impressão que dá é que se cansou. Haveria necessidade de um grande escândalo para que o tema voltasse à pauta novamente com o espaço que merece.
Como o governo brasileiro está diretamente envolvido em apoiar e defender este empreendimento com todas as ferramentas de que dispõe, resta a dúvida: será que a força como maior anunciante nacional pesa nesta hora?
De resto, continuam intensíssimas as movimentações em torno da organização da Rio +20. Há muito trabalho de bastidor sendo feito. Uma pena que a imprensa em geral está cobrindo muito pouco esse processo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ecopress - Agencia de Noticias Ambientais: Semana de 25 de julho a 3 de agosto de 2011

Ecopress - Agencia de Noticias Ambientais: Semana de 25 de julho a 3 de agosto de 2011: "As últimas semanas foram mornas em relação à cobertura sobre temas relacionados ao meio ambiente no Brasil. Não tivemos desastres impactante..."

Semana de 25 de julho a 3 de agosto de 2011

As últimas semanas foram mornas em relação à cobertura sobre temas relacionados ao meio ambiente no Brasil.
Não tivemos desastres impactantes, o governo não pautou o assunto e alguns cadernos especiais sobre meio ambiente trataram de temas como mudanças climáticas, Belo Monte entre outros.
Seguindo o foco da Rio+20, o  Ministério da Ciência e Tecnologia prometeu na semana passada apresentar um  plano de investimentos em pesquisas voltado à economia verde. Os investimentos serão feitos pelo CNPq, FINEP e o próprio Ministério. O foco serão as energias renováveis, economia do conhecimento e do extrativismo promovendo o desenvolvimento sustentável.
Na contramão desta noticia, a Petrobrás anunciou que quer ser a maior produtora de etanol do país. 
O que já dá para começar a perceber pela cobertura brasileira ainda incipiente sobre soluções voltadas para a produção e consumo de forma sustentável é que um novo cenário inevitável está se formando tendo como centro das atenções a questão da mobilidade. Carro à etanol ou energia elétrica?  
De um lado, os produtores de petróleo, de etanol. De outro as produtoras de energia elétrica das formas mais variadas possíveis. No meio, os fabricantes de veículos sejam eles individuais ou coletivos. 
Nessa queda de braço o Governo terá um papel fundamental, pois, em tese, como regulador de um modelo que atenda a todos, da melhor forma possível, terá a tarefa de planejar a mudança.  Falta o envolvimento dos meios de comunicação sensibilizando a opinião publica para este embate que já começou nos bastidores mas que ainda não está visível aos olhos da população em geral. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ecopress - Agencia de Noticias Ambientais: semana de 18 a 23 de julho de 2011

Ecopress - Agencia de Noticias Ambientais: semana de 18 a 23 de julho de 2011: "Muito oportuno o seminário promovido pelo ISA e Vitae Civilis na FGV só para jornalistas para se preparar para a cobertura da Rio+20. A ..."

semana de 18 a 23 de julho de 2011

Muito oportuno o  seminário promovido pelo ISA e Vitae Civilis na FGV só para jornalistas para se preparar para a cobertura da  Rio+20. A revisão histórica dos processos que nos levaram à situação atual mostra que o ser humano vê e revê debates através da elaboração de planos que se sobrepõem o tempo todo. Os avanços acontecem no meio disto tudo em pequenas brechas entre um plano e outro. Parece claro que não há a coragem para enfrentar os enormes sacrifícios de uma mudança radical como é a passagem de um modelo de desenvolvimento e o atual.
Sem duvida alguma avançamos depois da Conferencia de 1992, mas os avanços são pequenos tomando-se em conta a enorme quantidade de mudanças necessárias para que o novo modelo econômico seja implantado. Uma das sugestões mais interessantes foi a de partir para a remoção de entraves para que as soluções que já existem floresçam.
A preparação da imprensa para cobrir a Rio+20 é uma ação fundamental para melhorar a cobertura local aprofundando um pouco mais as abordagens dos vários aspectos envolvidos, e que não são poucos.

Um dos pontos centrais do evento falará de alternativas às fontes de energia que usamos nos dias de hoje e que são esgotáveis. No âmbito destas discussões, vale a pena ler a matéria de Giles Lapouge no Estadão desta quarta-feira falando do impasse na Comissão de Bruxelas ao tentar responder à seguinte pergunta: o biocombustivel é realmente uma alternativa saudável já que esta alternativa aumentará cerca de 167% a mais de gás de efeito estufa do que os combustíveis tradicionais.

A imprensa brasileira trabalhou as questões ambientais nas ultimas semanas focada nas altas temperaturas deste inverno e as conseqüências do alto índice de poluição nas grandes cidades. O impacto deste fenômeno na saúde é enorme e os gastos  gerados pelo atendimento do sistema de saúde aumentaram sensivelmente.  Aparece aí então o custo do sistema adotado para os transportes e geração de energia atual. No entanto, não há matérias sobre soluções para minimizar o problema. Constata-se mais uma vez fatos, mas não se avança na cobrança de políticas publicas mais eficientes do ponto de vista da sustentabilidade.







quarta-feira, 29 de junho de 2011

Semana de 26 a 30 de junho de 2011

Enquanto aumenta o espaço na imprensa brasileira sobre as licitações para a Copa e Jogos Olímpicos, o Código Florestal terá mais uma audiência publica amanha com a presença da  ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Na sexta (1º), serão as organizações e cooperativas do setor agropecuário a discutir o assunto com os senadores da CRA.
Nesta semana, os senadores também poderão votar em Plenário o projeto de lei da Câmara (PLC 1/10), que regulamenta o licenciamento ambiental e define competências da União, dos estados e dos municípios com relação ao setor. A proposta, de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA), tramita em regime de urgência, mas só pode ser votada depois que o Plenário deliberar sobre a medida provisória 526/11, que autoriza a União a conceder crédito de até R$ 55 bilhões ao BNDES.
Tudo isso, está pipocando nas mídias sociais de forma intensa. Na mídia impressa vemos algumas matérias de folego mas é clara a falta de agilidade deste meio para acompanhar o ritmo dos acontecimentos. Por exemplo, entre hoje e amanhá acontecem encontros importantíssimos reunindo representantes de ONGs brasileiras para definir toda a estratégia de ação para a Rio+20. Serão 3 dias intensos de articulações buscando fazer da Rio+20 um evento histórico, memorável do ponto de vista dos avanços que se esperam em relação às mudanças climáticas, economia verde e assuntos correlatos. Neste caso, o que se vê, hoje em dia, é um esforço enorme da sociedade civil cobrando atitudes por parte das autoridades, que estáticas, ainda pouco fizeram para avançar. E é preciso lembrar que falta menos de um ano para a Rio+20!




  

quarta-feira, 22 de junho de 2011













Os fatos são incontestáveis. Do final do ano até hoje, as noticias sobre meio ambiente na imprensa brasileira se alternam entre Belo Monte, desmatamento na Amazonia, Código Florestal e alguns pitacos de assuntos relacionados ao uso da energia nuclear. Belo Monte voltou esta semana com tudo. O
 Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) entregou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) a petição final com as denúncias de violações de direitos humanos por parte do Brasil na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. No documento, segundo a assessoria do movimento, são "esmiuçadas supostas ilegalidades do processo de licenciamento da usina. Dentre eles, a assessoria cita o "desrespeito ao direito de consulta e ao acesso à informação". Os autores da petição listam, em detalhes, os supostos problemas de Belo Monte, que possivelmente "afetarão as populações da Bacia do Xingu" incluindo impactos para a saúde, meio ambiente, cultura e o possível deslocamento de comunidades indígenas.   A passagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pelo Brasil na ultima semana foi regada a muitas reuniões com movimentos sociais envolvidos na construção de uma agenda positiva para a Rio +20 .Interessante notar que a ministra do Meio Ambiente falou das iniciativas ambientais positivas. O problema é que falta ao Brasil uma agenda comprometida de fato com questões ambientais graves e que definirão nosso futuro nos próximos 25 a 50 anos. Falta o planejamento integrado e sério que precisa começar a ser implantado antes que os recursos naturais de que dispomos hoje sejam destruídos pelo imobilismo e pela falta de coragem para enfrentar os desafios enormes que uma empreitada destas precisa. Por exemplo, se algum jornalista se interessar em vasculhar melhor o nível de entendimento e articulação da sociedade brasileira em seus vários segmentos sobre o que pode vir a ser e o que se espera da Rio +2o certamente verá que há uma dissintonia total entre grupos e compreensão do evento.  O primeiro a fazer isso foi o Andre Trigueiro da Globo News mas há necessidade que mais e mais veículos se interessem pelo assunto para que não  fiquemos esperando o tempo certo chegar.  Muito boa a matéria do Brasil Econômico sobre o levantamento da ONG Observatório Social  que monitorou a trajetória do carvão produzido na Amazônia em 2004 comprovando que o carvão vem de carvoarias que exploram o trabalho infantil e escravo, vendem para exploradoras certificadas que, por sua vez, passam para seus clientes. Com isso, podemos dizer que  nosso ferro-gusa é produzido com trabalho escravo e devastação ambiental.