quinta-feira, 14 de abril de 2011

Semana de 10 a 16 de abril de 2011

Como dissemos na semana passada, o Código Florestal foi tema de várias reuniões, articulações com o objetivo de chegar a um consenso entre partes que ainda não conseguiram construir uma ponte ou mesmo uma cancela entre si.
Um dos pontos que mais me impressiona é a polêmica sobre os tais 15 ou 30 metros das margens dos rios que vem sendo apontado pela imprensa regularmente como se fosse mais um item da pauta.
Ora, em um pais de dimensões continentais essa discussão beira a loucura. Não estamos falando do Japão ou da Europa onde as propriedades rurais podem existir até em quintais de casas. Estamos falando de um país que dispõe de áreas imensas para agricultura. Ou seja, pedir 15 metros das margens, correndo o risco de comprometer um inteiro sistema natural é um absurdo tão grande que chega a incomodar, ainda mais pelo fato de que a imprensa local não aborda o tema em linguagem simples e acessível de maneira a tornar a informação sobre esta realidade compreensível a todos.

Denuncia do Estadão apontou que menos de 1% das multas do IBAMA são quitadas. A matéria analisa alguns aspectos informando que as multas diminuíram e que o IBAMA está focado em multar os grandes desmatadores. Mesmo assim, enfrenta problemas na cobrança pois muitas empresas estão em nome de "laranjas" além da enorme teia burocrática que atravanca o andamento dos processos. O que a matéria não aborda é a força do consumidor que, ao saber disto, pode optar por não comprar produtos de regiões como O Pará , Rondônia, Bahia e Mato Grosso pelo simples fato de não haver transparência nos processos de produção e falta de respeito à legislação local.
Quem ainda não foi ao Acre não deve deixar de ler matéria no Caderno de Turismo do Estadão publicada nesta  3a. feira contando os passos para melhor conhecer um pouco do coração da Amazônia. O turismo é sem dúvida nenhuma a alternativa mais apropriada para a região e quanto mais pessoas conhecerem e desfrutarem de suas belezas mais gente desenvolverá o ímpeto de proteger e garantir a perenidade de suas belezas naturais.
Muito interessante também a matéria do Valor Econômico falando sobre a troca de experiências de 40 prefeitos de todo o mundo que acontecerá em São Paulo em maio. O pano de fundo será os efeitos do clima na saúde pública. A rede formada em 2001 por estes prefeitos permite um intercâmbio riquíssimo de soluções que deram certo e outras que precisam ser evitadas. Vale a pena acompanhar.
Quanto às usinas nucleares, parece que o impacto do desastre de Fukushima por aqui já foi esquecido.