quarta-feira, 4 de maio de 2011

Semana de 1 a 6 de maio de 2011


Depois de um período em que a mídia só falou de um casamento na Inglaterra, o assassinato de Osama Bin Laden e a beatificação do Papa João Paulo II, as atenções se voltam para a votação do Código Florestal que, nesta quarta-feira, deve movimentar os ambientalistas, ruralistas e demais envolvidos. A luta é grande ainda, pois há tantos alinhavos a serem feitos, que o prazo certamente não será suficiente para criar algo digno de permanecer por muito tempo no ar. A verdade é que, olhando para trás, vemos que o projeto foi apresentado pronto e com a alegação de que houve uma enorme consulta às bases antes de ser redigido. Os acontecimentos dos últimos meses comprovaram que isto não aconteceu. O lobby ruralista, que estava tranqüilo, quanto à votação do novo Código foi surpreendido por um esforço hercúleo dos ambientalistas e cientistas que, juntos, mais uma vez, tiveram que enfrentar o status quo e mostrar o quanto o Código estava distante de um mínimo de coerência com políticas ambientais e compromissos internacionais de sustentabilidade.
O preço disto tudo aparece no resultado do texto.
A importância da imprensa em um processo como este é indiscutível.
O que eu me pergunto é porque ainda geramos mais matérias em cima de polêmicas do que do acompanhamento de temas que, certamente, produzirão impactos fundamentais em nossas vidas, antecipando a maturação de idéias e o envolvimento da sociedade como um todo.

Outros destaques: Na semana passada um deputado federal do PMDB pediu o fechamento das usinas nucleares de Angra dos Reis por considerar que elas funcionam de forma ilegal, já que não têm licença ambiental para operar. Outro deputado, desta vez do PT, apresentou projeto de lei vetando o uso de peles de animais silvestres de qualquer tipo, em eventos de moda no Brasil. Em caso de descumprimento da lei a pena seria de 1 a 3 anos de reclusão.